Thursday, April 14, 2011

Milhares de caixas enviadas por trabalhadores brasileiros para o Brasil continuam retidas

Milhares de caixas enviadas por brasileiros para o Brasil continuam retidas nos portos e
agentes da Polícia Federal e da Receita Federal mantêm o sistema de investigação iniciado há
quatro anos para identificar a procedência de mercadorias classificadas como contrabando.
Algumas empresas sediadas nos Estados Unidos – e que tiveram ordem judicial de operar
apenas no envio de mudanças – continuam tentando enviar caixas.
5 mil contêineres estão presos ou abandonados nos
portos brasileiros
ESPECIAL
Segundo o detetive Elísio Rodrigues, de Santos, apenas no Porto da cidade paulista, um dos mais importantes da América do Sul, centenas de contêineres aguardam
liberação. Outros, segundo ele, que clientes procuram, nem mesmo deixaram os Estados Unidos.
“É uma prática comum, um golpe dos mais antigos. A empresa pega a caixa, não consegue encher os contêineres e dá fim as coisas, dizendo a seus clientes que a caixa
está no Brasil mas apreendida pela Polícia ou pela Receita. O que na maioria das vezes é mentira”, afirmou Rodrigues em entrevista por telefone ao BM.
A Polícia Federal intensificou as investigações nos portos desde 2006, após denúncias de que centenas de motocicletas que circulavam no Brasil haviam sido enviadas
dos Estados Unidos desmontadas em caixas que desembarcavam em contêineres nos portos.
Segundo agentes da Polícia Federal, as empresas de transporte simulam que computadores, eletroeletrônicos e brinquedos são artigos de uso pessoal que fazem parte
de mudança de pessoas que residiam no exterior e estão retornando ao país. Pelas normas da Receita Federal, itens que fazem parte de mudança são isentos de
tributos.
Tributaristas brasileiros ouvidos pelo BM disseram que empresas e pessoas que enviam produtos novos disfarçados de usados praticam crime de descaminho
(importação sem pagar tributos).
Os valores médios de envios de caixas para o Brasil flutuam entre $ 150 e $ 350. Porém os escândalos envolvendo remessas de caixas se tornaram comuns nos últimos
anos.
No início deste ano, o Ministério Público denunciou algumas empresas e conseguiu que elas fossem proibidas de enviar caixas.
Mas a realidade é que a prática continua. Empresas trocam de nomes, trocam os argumentos nas peças publicitárias, porém não deixam o mercado. Fontes consultadas
pelo BM disseram que algumas empresas chegam a fazer $ 50 mil por semana apenas com o envio de caixas para o Brasil.
A Receita Federal disse que há empresas que foram auditadas e não tiveram problemas e, por isso, podem continuar operando livremente no mercado de caixas. Mas
as auditorias ainda devem continuar.
Os portos estão congestionados por 5 mil contêineres sem destinação determinada, seja por se tratar de mercadorias apreendidas pela Receita Federal, seja porque
foram abandonados pelos importadores.
O espaço físico nos portos brasileiros, em geral, é insuficiente para atender às necessidades do comércio exterior. A não ser no caso de terminais operados pela iniciativa
privada e que funcionam para a exportação, a área portuária, além de ser exígua, está mal aparelhada, carente de equipamentos modernos em quantidade adequada.
Assim, contêineres parados atravancam a circulação e reduzem substancialmente a capacidade operacional.
Em alguns terminais do Rio, 30% da área disponível para movimentação é tomada pelos contêineres “em perdimento”, ou seja, não liberados depois de 90 dias. No
Porto de Santos há 200 nessa condição, estacionados em um dos cinco terminais existentes para esse tipo de carga.
A Superintendência da Secretaria da Receita Federal afirma que, em face da expansão das importações, o volume de apreensões aumentou 18,92% no primeiro
semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009.
Não foi esclarecido se esse crescimento se refere ao total de contêineres encaminhados pelo sistema que requerem conferência física antes da liberação ou se se trata de
mercadorias embargadas definitivamente porque a documentação é irregular ou há indícios de que a carga não corresponde à que foi declarada pelo importador. Seja
como for, as mercadorias não liberadas no prazo de 90 dias ficam “em perdimento” – o que também pode ocorrer devido a desinteresse dos importadores na liberação.
Isso teria ocorrido durante a retração da economia entre os últimos meses de 2008 e o início de 2009, quando um certo número de importadores se viu diante de
dificuldades financeiras.
Pelos procedimentos previstos, as cargas “em perdimento” podem ser leiloadas, destruídas (no caso de mercadorias pirateadas), doadas ou incorporadas ao patrimônio
de empresas públicas. A constatação de que 5 mil contêineres, sendo 3 mil de 40 pés, os de maior tamanho, continuam a obstruir as instalações portuárias é uma
demonstração gritante de ineficiência.
No Porto de Santos houve um esforço para apressar os leilões. Foram realizados sete até agosto, com arrecadação de R$ 60 milhões. Em outros portos, porém, é
realizado um leilão apenas por ano.
São previstos investimentos de R$ 9,8 bilhões nos portos brasileiros até 2013, segundo as projeções do governo. Tais investimentos são urgentemente necessários, mas
seus efeitos podem ser anulados, em grande parte, se não houver, paralelamente, uma melhora nos procedimentos alfandegários que dê aos portos a agilidade que o
crescimento da corrente de comércio externo do País hoje requer.

fonte: www.betomoraes.com
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7 Comments
  1. ola gostaria de saber o k posso enviar e qnt custa os envio obg
  2. Olá. Eu vim definitivamente dos Estados Unidos e enviei uma caixa pela transportadora Fastway Moving, uma até bem conceituada entre as demais de Massachusetts, em abril de 2010 e até hoje, 16 de janeiro de 2011, não a recebi. Meus amigos que ainda vivem lá fizeram contato com a empresa e eles lhes disseram que eu deveria fazer um depósito em reais na conta de uma pessoa aqui no Brasil. Estou receioso de que mais uma vez vou pagar e não receber meus pertences, já que quando enviei a empresa se responsabilizou em entregar-me em 45 a 60 dias. Desejo uma sugestão do que fazer.
    • brother,,,, estou no brasil.. e eu enviei uma caixa para curitiba.. sendo que o mesmo aconteceu commigo.. porem eu paguei o paulistano e recebi a caixa,, semi aberta.. faltando algumas coisas.. bem vindo ao brasil irmao.
    • Ola, meu nome e Vania Martins, e eu estou correndo atras da minha caixa que foi enviada pela Fast Way, aki no estado de MA, eu enviei em abril de 2010, e ela nao chegou e a empresa me disse que para ser liberada eu tinha que comprovar que era a minha mudanca, porem quando eu a enviei nada disso me foi dito e eu estou revoltadissima. Hoje eu estava procuarando ajuda e via sua reclamacao na internet.. entao estou tentando saber informacoes de outras pessoas. Ja enviei este mesmo e-mail para os outro emails do mesmo site no qual eu encontrei o seu email tb.
      Eu quero muito recuperar a minha caixa, porem a empresa fica me dizendo a pricipio que a caixa esta em Santos para ser liberada ( ahhh 1 ano e nada ).. eu quero saber de voces se conseguiram liber a caixa de voces. Se sim.. o que fizeram?? como e quando.. que telefone ou pessoal eu devo procuarar. Obrigada pela atencao.. e desulpa se eu estou sendo incoveniente.. mas eu precisava fazer alguma coisa.
      Vania Martins,
      Edgartown, MA
      1 (774) 5630906

  3. a caixa foi enviada pela mesma empresa de atlanta GA, no mes de junho de 2009 chegou em abril ou maio de 2010
  4. ACOMUNIDADE BRASILEIRA NO USA PRECISA SABER
    mandei caixas pela fenix moving, e numca recebir,eles tiveram a cara de pau de falar que foram roubado no brasil.tropa de ladroes, ñ tem um macho para dar fim nestes cara n ?..eles so vão para de roubar dos braileiros que manda caixas para o brasil, quando forem mortos uns 3 deles. aki na minha cidade quem comprar droga e ñ paga é morto, é a lei, do trafico. se eu voltar nós usa acabo com estes ladroes..
    LADRÃO FENIX MOVING…

  5. ola, mandei caixas pela fenix moving, ja fazem 9 meses e ate hoje nada das minhas caixas chegarem, ligo p/ eles nao me atendem, mando email, nao me respondem, mandei pelo gutierry e maria, e outra no site deles, eles nao sabem nem como mentir, as minhas caixas ficaram 3 meses aguardando li beracao, 6 meses em rota de entrega e agora diz ke esta no deposito, como depois de tanto tempo em rota de entrega voltaria a estar no deposito, entao no dizer deles a minha mercadoria voltou p/ tras, e bricadeira, a gente trabalha tanto p/ conseguir as coisas, e vem uns loucos, e tira tudo ke conseguimos com muito suor derramado, confiamos nas pessoas p/ ke? mas eles se eskecem ke a um deus ke ve todas as coisas e isso nao vai ficar assim deus conserteza ira trarar com cada um deles,eles podem hoje estar lucrando com isso, mais amanha eles irao se arrepenter, eu gostarie de saber ke posso fazer p/ conseguir recuperar minhas caixas, pois nao e justo tirar das minhas filhas p/ dar p/ eles, kero justica.

Empresa de mudancas deixa milhares de brasileiros lesados.

Notícia do dia
 
A comunidade brasileira nos Estados Unidos é novamente vítima de empresários desonestos. Assim como já havia acontecido com os clientes da Alexim Moving, milhares de pessoas que enviaram caixas e conteiners para o Brasil através da empresa Adonai Moving foram lesados.
A página na internet da empresa, usada pelos clientes para rastrear a localização das caixas, não funciona mais. No lugar, aparece um comunicado avisando que a empresa pediu concordata e que passou as operações para a empresa Express Moving International.
Um levantamento feito pelo Comunidade News mostra que entre setembro de 2008 e abril de 2009, cerca de 5.000 caixas foram coletadas pela Adonai Moving em vários estados americanos mesmo sabendo que não chegariam ao destino por não estar pagando seus parceiros comerciais no Brasil. O prejuízo pode chegar a $900,000.
A indignação tomou conta dos brasileiros lesados pela Adonai, gerando inclusive comunidades no Orkut. Caixas enviadas em outubro de 2008 ainda não chegaram ao destino e há consumidores que ameaçam até mesmo dar queixa na polícia. O golpe atingiu brasileiros de vários estados, incluído Connecticut, Maryland, Flórida, Georgia, Massachusetts, New Jersey e Texas.
A família de sete irmãos de Irene Zagobiki, residente em Dallas, não recebeu até hoje três caixas enviadas em dezembro último para Ponta Grossa (PR). Eram calçados e roupas que serviriam inclusive para sobrinhos recém-nascidos, filhos de um motoboy e de um gari.
O próprio gerente da Express Moving em New Jersey, Alcides Pedro, admitiu que inúmeros conteiners foram retidos pela Polícia Federal por falta de pagamento. Segundo ele, o proprietário da Adonai, Paulo Pepe Bezerra de Araújo, sabia da situação da empresa, a qual omitiu informações dos próprios funcionários e dos clientes. Caixas que ainda não haviam saído dos EUA foram registradas como em processo marítimo, ainda segundo Alcides.
A Express Moving, de acordo com Alcides, assumiu a parte logística da Adonai, ou seja, está despachando todas as caixas retidas no Brasil e em trânsito. Segundo o gerente, cinco conteiners que deveriam ser entregues no máximo em dezembro já foram liberados mediante o pagamento efetuado aos despachantes pela Express Moving.
Segundo o gerente, o acordo logístico entre a Adonai e a Express Moving International foi firmado há cerca de 15 dias entre Moacir Sant’Anna, dono da Express Moving, e Paulo Pepe. O proprietário da Express Moving considerou o negócio viável, com o objetivo de captar os antigos clientes da Adonai. “O único objetivo meu é captar estes clientes para a minha empresa. Não tenho nenhuma responsabilidade nas coisas erradas que a Adonai fez”, disse Moacir que já foi funcionário e sócio da Adonai na Flórida. O nome dele ainda consta como sócio de acordo com registros públicos do Estado da Flórida.
Dívidas
Entre os lesados pela Adonai está a transportadora Power Express Transportes Logísticos. Segundo o Supervisor Comercial Carlos Fraga, a empresa cessou os pagamentos em dezembro último, quando a dívida já estava em aproximadamente R$300.000. Ainda segundo Carlos, a transportadora despachou três conteiners sob a promessa de pagamento, mas até agora não recebeu o dinheiro.
Um despachante do Porto de Santos (SP), que realiza liberação de mudanças residenciais e que preferiu não se identificar, disse que não tem o número exato de conteiners da Adonai parados no porto por falta de pagamento. Somente no último final de semana, o despachante devolveu documentos relativos à quantidade de sete a nove conteiners.
Ainda segundo o despachante, a Adonai deve a uma companhia marítima e a uma transportadora nos Estados Unidos. Ele estima que a situação esteja assim desde fevereiro. Não revelou quanto a empresa deve a ele, mas já está contabilizando o valor como prejuízo. O despachante disse que ainda não foi procurado pela Express Moving International, mas sabe que a companhia contatou outros despachantes.
Devido aos constantes atrasos nas entregas, Rodrigo Henrique, que mantinha um posto de coleta da Adonai na Eliza’s Store em Danbury, Connecticut, foi ao Brasil em janeiro último e comprovou falta de pagamento através de conversa com um despachante. Ele decidiu então encerrar as atividades com a Adonai e disse que ficou decepcionado ao ver que lojas em Connecticut e outros estados ainda continuam trabalhando com a companhia, mesmo sabendo de todos os problemas.
Rodrigo tem recebido uma listagem da Express Moving com o número das ordens, através dos quais os clientes podem contatar a empresa para verificar a situação das caixas. Na última sexta-feira ele tinha em mãos 150 ordens.

Ficha criminal
Informações oficiais da Justiça Federal do Ceará dão conta de que o empresário Paulo Pepe cometeu crimes contra o sistema financeiro nacional. À época ele era funcionário da Caixa Econômica Federal, onde teria falsificado identidades a fim de obter empréstimos em nome de outras pessoas. O caso foi registrado na Delegacia de Defraudações e Falsificações de Fortaleza e protocolado na Justiça Federal do Ceará em março de 2005.
O Comunidade News não conseguiu contatar Paulo Pepe para apurar os fatos. O gerente da Adonai Express Moving em New Jersey, Fabiano Lins Bezerra, também não foi localizado. Uma gravação indicava que o telefone celular dele estava fora de serviço.
Consumidor de Massachusetts é o mais prejudicado
A Express Moving não teve acesso ao depósito da Adonai em Massachuseets e declarou que não irá assumir qualquer responsabilidade com as caixas deste estado. Segundo Alcides, as fechaduras do depósito foram trocadas pelo agente da Adonai em Massachusetts, Arnaldo Nascimento. Antes disso, a Express Moving contou 445 caixas paradas.
O fato prejudica brasileiros como Marcos, residente em Framingham. Os filhos de 3 e 5 anos de idade ainda estão esperando pelos presentes de Natal.

Tanto estas caixas quanto as enviadas ao Brasil através de Massachusetts estariam agora a cargo de uma companhia de mudanças do estado. Segundo Moacir, o acordo foi firmado entre Paulo Pepe e a empresa, no dia 30 último. Moacir não soube dizer o nome da empresa.
Mas Arnaldo disse que ele é o responsável pelas caixas no depósito e pelos conteiners enviados através do estado. O agente declarou que impediu o acesso da Express Moving ao depósito por não ter obtido um documento, confirmando o acordo entre as empresas. Arnaldo disse também que tem 50% de participação sobre as caixas do depósito, e temia quanto ao destino delas.
Segundo o agente de Massachusetts, em uma reunião nas presenças de Moacir e funcionários da Adonai, Paulo Pepe teria explicado que o dono da Express Moving estaria assumindo a logística da Adonai Massachusetts, os débitos dos funcionários, os quais estariam sem salário há cerca de três semanas, e um débito particular da Adonai para com Arnaldo, na faixa de $35,000. Em uma reunião posterior, Moacir teria comunicado aos funcionários que a Adonai estava “quebrada”, dizendo que chamaria aqueles que precisasse, ainda conforme Arnaldo

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